21.5.12

O MOVIMENTO - PIRASSUNUNGA TEM ÁGUA GARANTIDA PARA MAIS QUE O DOBRO DA SUA POPULAÇÃO

Com inauguração do complexo de tratamento de água, cidade dobra a capacidade de captação

A partir do dia 3 de junho Pirassununga não terá problemas de água por muitas décadas. Quem garante é o prefeito Ademir Alves Lindo: “Nós temos uma infraestrutura para uma cidade de mais de 150 mil habitantes em termos de produção de água”. No primeiro domingo de junho está prevista a inauguração do Complexo de Tratamento de Água, construído com uma série de recursos vindos dos governos federal, estadual e municipal, somando mais de R$ 12 milhões. O complexo vai concentrar os serviços do SAEP e melhorar a logística da autarquia. “Construímos um almoxarifado novo, estoques, refeitório, vestiários e garagem”, explica o superintendente João Alex Baldovinotti. Além dos serviços de logística, o local abrigará outras construções. “No complexo construímos uma nova estação de tratamento de água, dois reservatórios novos, além da reforma de um outro reservatório e a licitação de mais um que vai entrar em operação. E vamos entregar a estação de tratamento de lodo”, enumera o prefeito. Com esses investimentos, Ademir Lindo afirma que a cidade não terá mais desperdício na captação e distribuição de água.

“Quando todo complexo entrar em operação, nós vamos economizar muita água, principalmente com o tratamento de lodo. Para produzir água você produz um lixo, metais pesados, terra, e perdíamos cerca de 5% da água, porque era jogada fora”, comenta Ademir Lindo.Com o tratamento de lodo, esse material é retirado da água, deixando-a pronta para o uso. Dessa forma, toda a água retirada dos rios será utilizada. “Temos um sistema de abastecimento ecologicamente perfeito. Não poluímos o ambiente e ainda economizamos água. Além disso o lodo será utilizado para fazer tijolos e telhas. Esse complexo será 100% sustentável”, ressalta o prefeito.

Além dessas instalações, o SAEP terá uma nova captação de água, agora no Ribeirão do Roque. “A princípio a capacidade será de 250 litros por segundo e poderá aumentar futuramente para 350 litros por segundo”, detalha o superintendente da autarquia. Ainda segundo João Alex, atualmente o sistema de abastecimento de água da cidade tem a capacidade de gerar quase 300 litros por segundo. Com o novo complexo e a captação do Ribeirão do Roque, a capacidade de produção praticamente dobrará, chegando a quase 600 litros por segundo.

Investimentos
Somando os investimentos do complexo de tratamento de água, que engloba desde as construções até a nova captação, são R$ 12.410.160,85. Dessa quantia, parte é de recursos federais e estaduais, somando R$ 9.125.065,17. Já do governo municipal vieram R$ 3.285.095,68. Só a nova captação de água, no Ribeirão do Roque, vai custar mais de R$ 7 milhões, sendo R$ 6.897.387 do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal e R$ 160.291 da prefeitura. “Já temos condições para abastecer uma cidade com mais de 150 mil habitantes. Com o Ribeirão do Roque chegamos a uma capacidade de 200 mil”, ressalta Ademir Lindo.

Ainda de acordo com o prefeito, a nova estação deve ficar pronta até o final do ano. Dentro do complexo, houve obras financiadas exclusivamente pelo SAEP, e para o prefeito isso é muito importante. “Eu aproveito o jornal O Movimento para fazer um alerta: tem forças políticas, grandes empreiteiras interessadas na privatização do SAEP. Ele é superavitário, dá lucro e está tudo pronto. Isso é um patrimônio do povo de Pirassununga que não pode ser privatizado”, enfatiza.

Impacto na cidade
Para o prefeito Ademir Lindo a garantia de sobra de água é essencial para Pirassununga. “Isso é importante para o desenvolvimento da cidade, porque você não atrai capital e indústrias se não tiver água disponível. Poucos municípios têm folga de abastecimento de água, e isso vai gerar economia”.Com todo o sistema em funcionamento, Pirassununga terá a capacidade de armazenar 10 milhões de litros de água e isso vai diminuir as despesas com energia elétrica. “Esse novo sistema vai permitir desligar as bombas no horário de pico e continuar o abastecimento por gravidade, gerando economia”, explica o prefeito.

Outro fato levantado foi o abastecimento de água nos novos loteamentos. Para Lindo, a cidade não sofrerá com as ampliações, porque tem infraestrutura para isso. No entanto, ele alerta: “Não é porque tem água sobrando que vamos desperdiçar, a população tem que economizar . Temos um dever cívico e obrigação de economizar água. É um bem que não é infinito”. Mesmo com a construção do complexo de tratamento de água, o prédio do SAEP na Newton Prado continuará com suas funções, como o referencial para contas e o escritório do superintendente. Somente os serviços migram para a nova instalação.

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