22.10.14

RMC TEM AS MELHORES RODOVIAS DO PAÍS

Quatro estradas da região estão listadas nos trechos melhor avaliados por pesquisa anual da CNT

A malha viária da Região Metropolitana de Campinas (RMC) conta com quatro das melhores rodovias do País, segundo o ranking da 18ª edição da Pesquisa CNT Rodovias, divulgado ontem pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). A Rodovia Bandeirantes (SP-348), no trecho entre São Paulo e Limeira foi eleita a melhor do País, seguido do trecho São Paulo a Uberaba (MG), que compreende a Anhanguera (SP-330), e o de Campinas a Jacareí, passando pela Rodovia D. Pedro I (SP-065) e Adhemar de Barros (SP-340). Todas foram avaliadas como “ótimo” e o resultado das três melhores repete a edição 2013 da pesquisa. O estudo pesquisou 98.475 km, um acréscimo de 1.761 km (1,8%) em relação ao ano passado e avaliou toda a malha federal pavimentada, além dos principais trechos estaduais pavimentados. O ranking classificou as 109 melhores ligações rodoviárias do País, após análise de quatro quesitos: condições do estado geral, pavimento, sinalização e geometria da via, com conceitos que vão de ruim a ótimo. “Esse resultado não surpreende, porque a RMC se apresenta numa posição de vanguarda, apesar dos custos elevados que são repassados por meio dos pedágios. A Anhanguera, Bandeirantes e D. Pedro I estão entre as rodovias concessionadas modelos em São Paulo”, analisa Creso de Franco Peixoto, professor da Unicamp e especialista em Transportes. No entanto, ele faz uma ressalva e lembra que apesar da qualidade das rodovias que cruzam a região, o congestionamento tem sido cada vez maiores. “O cruzamento dessas três rodovias é um dos maiores gargalos do trânsito e apresenta um nível de congestionamento alto. Deveria haver áreas de segregação maior para evitar a utilização das rodovias como rotas alternativas, que colaboram com o congestionamento”, sugere o especialista. A pesquisa apontou também que 74,1% das rodovias concedidas tiveram classificação “ótimo” ou “bom”. Já nos trechos sob gestão pública, esse percentual é de 29,3%. O presidente da CNT, Clésio Andrade, destaca que o governo tem dificuldade de executar os projetos, e a participação da iniciativa privada é fundamental para a melhoria da infraestrutura. “O governo precisa da parceria da iniciativa privada para oferecer uma melhor infraestrutura de transporte, e as concessões são um importante caminho para melhorar as condições das rodovias e contribuir para o crescimento do País. A situação das rodovias sob gestão pública está muito pior em relação às concessionadas”, afirma Andrade.

Melhora
Além de contar com as três melhores rodovias do País, as principais estradas da RMC apresentaram evolução em relação à pesquisa do ano passado. As únicas que receberam “ótimo” em todos os quesitos (geral, pavimentação, sinalização e geometria da via) foram as rodovias D. Pedro I e Professor Zeferino Vaz (SP-332). Na pesquisa do ano passado, a SP-332 apresentou conceito “bom” na geometria.As rodovias Jornalista Francisco Aguirre Proença (SP-101) e Luiz de Queiroz (SP-304) também tiveram melhora no conceito. A primeira passou de “bom” para “ótimo” no quesito sinalização, enquanto a segunda evoluiu de “regular” para “bom” na mesma categoria.

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